segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Serapião

Bom dia amigos, após um pequeno período de tempo sem postar em nosso espaço, trago uma matéria muito interessante sobre nossas prioridades. Acredito que vale a pena conferir e se for edificar sua vida ficarei feliz por mais este feito. Fique a vontade para deixar sua linha de pensamento, lembrando, que sua opinião é muito importante para o meu crescimento como pessoa em primeiro lugar. As outras áreas é consequência.


Enfim, o texto é de: Colacio J.


Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade.
Ao seu lado, o fiel escudeiro , um vira lata que atendia pelo nome de Malhado. Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito com sobras de comida dos mais abastados.
Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por uma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras.
Serapião era conhecido como um homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranqüilo, mesmo quando não havia recebido nenhum pouco de comida. Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que Deus determinava alguém lhe estendia uma porção de alimento. Serapião agradecia com reverência e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava.
Tudo que ganhava dava primeiro para o Malhado, que, pacientemente, comia e ficava esperando por mais um pouco. Não tinham onde dormir, onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia procuravam abrigo embaixo da ponte e, ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte.
Aquela figura me deixava sempre pensativo, pois eu não entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor. Certo dia com a desculpa de lhe oferecer algumas bananas, fui bater um papo com o velho Serapião.
Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o que, Serapião não sabia.
Dizia não ter idéia, pois se encontraram um certo dia quando ambos andavam pelas ruas e falou: Nossa amizade começou com um pedaço de pão, ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu, abanando o rabo, e daí não me largou mais.
Ele me ajuda muito e eu lhe retribuo essa ajuda sempre que posso. Curioso perguntei: Como vocês se ajudam?
Ele me vigia quando estou dormindo; ninguém pode chegar perto que ele late ataca.
Também quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
Continuando a conversa perguntei: Serapião, você tem algum desejo na vida? Sim, respondeu ele – tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina. Só isso? Indaguei.
é, no momento é só isso que eu desejo.
Pois bem, vou satisfazer agora este desejo.
Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei.
Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o malhado, e comeu o pão com os temperos. Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço, não contive e perguntei intrigado: Porque você deu para o Malhado, logo a salsicha? Ele com a boca cheia respondeu: PARA O MELHOR AMIGO, O MELHOR PEDAÇO!
E continuou comendo, alegre e satisfeito.
Despedi-me do Serapião, passei a mão na cabeça do Malhado e saí pensando...
Aprendi como é bom ter amigos.
Pessoas em que possamos confiar.
Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal.
Jamais esquecerei a sabedoria daquele eremita:

PARA O MELHOR AMIGO, O MELHOR PEDAÇO!

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O interessante neste texto é que podemos colocar em prática em todos os âmbitos de nossas vidas.
Deus em primeiro lugar, família, esposa, etc...
Lembrando sempre que independentemente da forma que você trata o Criador e Dono de tudo que há na terra, o amor Dele não oscila, não é falso, não usa de engano conosco. É por isso que em todas as partes vemos Deus ou Jesus como Fiel AMIGO.

Nunca se esqueça Deus é capaz de fazer qualquer coisa a fim de poder fazer parte de sua vida. Pense nisso!

André Delpidio